O Instrumento Financeiro para a Inovação e Competitividade (IFIC) dá um novo passo na capacitação do tecido empresarial português. Depois de um lançamento inicial de 315 milhões de euros, o Governo anunciou um reforço de 617 milhões de euros, no âmbito da reprogramação do PRR. No total, o IFIC passa a disponibilizar cerca de 932 milhões de euros para apoiar projetos de inovação, competitividade e transformação tecnológica.
IA no centro da estratégia
Uma fatia significativa deste reforço será direcionada para projetos de Inteligência Artificial, dando resposta a uma procura muito acima das expectativas. A primeira linha dedicada às PME — com uma dotação de 100 milhões de euros — recebeu 3.805 candidaturas, que totalizaram 850 milhões de euros em pedidos de financiamento. Os números falam por si: as empresas querem integrar IA e estão prontas para dar o salto tecnológico.
Aposta alargada em tecnologias emergentes
Apesar do foco na IA, o reforço do IFIC vai também apoiar outras áreas tecnológicas estratégicas, incluindo biotecnologia, robótica, novos materiais, tecnologias quânticas e outras soluções deep tech. O objetivo é fomentar inovação de fronteira e gerar valor económico duradouro, posicionando Portugal em setores de elevada intensidade tecnológica.
Capacitar as PME para usar IA no dia a dia
O Governo anunciou ainda uma iniciativa transversal, em parceria com o IAPMEI, a CIP, o meio académico e centros de investigação, destinada a sensibilizar e capacitar as PME para a adoção de IA. Serão promovidas ações setoriais que destacam casos de uso, benefícios e oportunidades práticas de integração tecnológica.
Mais flexibilidade para quem investe
Outra medida relevante é a extensão do prazo para assinatura de contratos no âmbito do IFIC, que poderá agora decorrer até 31 de dezembro de 2026. Esta flexibilização permite acomodar projetos mais complexos, garantindo maior segurança no planeamento e na execução.
Um PRR mais equilibrado
Este reforço contribui ainda para um reequilíbrio na distribuição dos fundos do PRR, assegurando uma maior fatia de investimento diretamente orientada para as empresas — em especial para as PME. A prioridade é clara: dotar o tecido empresarial dos meios necessários para acelerar a modernização, aumentar a produtividade e reforçar a competitividade.
