2022. E AGORA?

01 Fevereiro 2022

2022. E AGORA?

2022

O novo ano começou uma vez mais com a escalada nos números de infeções por COVID-19 mas, segundo os especialistas, com uma mutação do vírus muito mais transmissível mas mais “benigna”, podemos estar no início do fim da pandemia, ou pelo menos, da fase aguda da pandemia e do estado de emergência sanitária mundial. Significa, portanto, que as restrições, pelo menos nos países onde a taxa de vacinação está mais elevada, estão a ser significativamente reduzidas e o regresso à tão esperada “normalidade” começa a ser uma realidade.

Em Portugal, com o alívio das restrições e com 89% da população totalmente vacinada e 49% já com a dose de reforço, a sociedade e a economia anseiam pela tão desejada retoma.

O que podemos esperar então para 2022?

Com um novo governo eleito com maioria absoluta, as palavras de ordem para os próximos meses em Portugal podem mesmo ser “estabilidade, certeza e segurança”, como afirmou o próprio António Costa no discurso de vitória. Mas na prática, o que os portugueses esperam do novo governo é que a estabilidade e a segurança sejam acompanhadas por crescimento! Crescimento do PIB, dos resultados das empresas, dos salários, das pensões e das oportunidades. Significa que, dos Impostos à saúde, da educação e cultura à competitividade, tecnologia e inovação, o que exigimos a este novo governo é agir depressa e com coragem para aplicar as reformas necessárias.

Enquanto consultores de inovação, atentos aos desafios do tecido económico e colocando o foco na economia e nas empresas, aqui ficam algumas “dicas” para o esperado desenvolvimento do país:


Capitalizar as empresas: dinheiro para capital de risco e startups, capital para indústrias exportadoras que carecem de escala e precisam de dinheiro para aquisições ou para se robustecerem, capitalização das empresas para fazer face às consequências da pandemia para voltarem a investir e criar emprego;


Programas de microcrédito: apoio aos pequenos negócios e ao auto-emprego, dotando o mercado de soluções de financiamento para os que querem lançar o seu negócio;


Promover a economia circular para fazer crescer certas áreas de negócio e promover a economia sustentável;


Acelerar a transição digital do estado e da economia como forma de aumentar a transparência e a eficácia das instituições;


Apoios à internacionalização das empresas portuguesas para aumentar das exportações dos bens e serviços nacionais;


Valorização da oferta turística do turismo com o objetivo de fomentar a qualificação do território, assim como o desenvolvimento de produtos, serviços e negócios inovadores;


Reforçar a atração de investimento direto estrangeiro;


Aumentar o investimento em I&D, em articulação com as entidades do sistema científico e tecnológico.

Em ano de plena implementação dos apoios do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR e de arranque do Quadro Financeiro Plurianual – Portugal 2030, a sociedade e as empresas têm ao dispor excelentes apoios para a retoma. Alertamos, no entanto, que o sucesso destes instrumentos vai depender muito da:


Aprovação rápida dos projetos/candidaturas. A experiência mostra que até agora os sistemas de apoio são lentos, com atrasos e muita burocracia;


Redução dos custos associados à gestão e prazos. É determinante encurtar a cadeia de intermediação processual e reduzir e simplificar as interações dos promotores com o sistema;


Garantia de que a aplicação dos fundos europeus está centrada nos resultados a atingir. É preciso criar mecanismos mais ágeis de verificação da realização e elegibilidade dos investimentos.

Uma coisa é certa: 2022 promete muitos apoios e, ao que parece, maior “normalidade” e estabilidade para investir!

 

Fale connosco!

 

Cláudia Martins
Gestão de Projetos