Inovar na captação de investimento: a oportunidade dos Vistos Gold

28 Julho 2016

Inovar na captação de investimento: a oportunidade dos Vistos Gold

Oportunidades-Financiamento

As habituais oportunidades de financiamento fazem com que os empreendedores que procuram financiar o seu projeto, a sua ideia, se esqueçam de identificar alternativas aos métodos tradicionais como é caso dos empréstimos bancários ou sistemas de incentivos.

 

Encontrar investidores individuais (ou Business Angels) é uma forma de financiamento válida e os “Vistos Gold” podem ser o argumento para persuadir investidores estrangeiros a escolher projetos nacionais como formas de capitalização. De acordo com o atual enquadramento legal, o visto GOLD pode ser atribuído a investidores não residentes que apliquem o seu capital em projetos de investimento empresariais (novos ou já existentes).

 

Uma ARI – Autorização de Residência para Atividade de Investimento, também conhecida como Vistos ‘Gold’ – consiste numa autorização para entrada e residência em Portugal, atribuído a cidadãos não naturais da União Europeia ou residentes fora do Espaço Schengen sob a forma de um investimento financeiro avultado ou criação de emprego.

 

Existem 3 principais formas de obtenção deste visto:

Investimento em imobiliário num valor total mínimo de 500.000€;

Depósito de Capital ou Investimento em Ações / Obrigações no valor total de 1.000.000 €;

Criação de 10 postos de trabalho permanentes (criação de empresa).

 

Desde outubro de 2012, altura em que os vistos Gold entraram em vigor, até final de fevereiro deste ano, foram atribuídos 2.997 vistos. O resultado destes vistos, em termos de investimento foi um total acumulado que ascendia a 1,8 mil milhões de euros.

 

Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no primeiro semestre de 2016, o investimento resultante dos vistos ‘gold’, totalizou os 508 milhões euros, tendo duplicado o valor investido em igual período do ano passado.

A Oportunidade

Apesar da maior parcela destes investimentos ter sido no sector imobiliário, tem crescido a parcela de investimento na criação de postos de trabalho, ou seja, na criação de empresas. Uma das principais razões para esta evolução é a constatação, por parte dos investidores, que Portugal possui uma ecosfera empresarial muitíssimo propicia ao empreendedorismo.

 

Se por um lado, as imobiliárias viram nestes investidores a oportunidade de vender imóveis de luxo, por outro, o ecossistema empresarial português começa a ver a obtenção destes vistos como uma oportunidade de conseguir capital de risco.

 

A vantagem assumida destes investidores estrangeiros é que para além de estarem altamente propensos a investir grandes quantias, estão também muito recetivos à apresentação (pitch) de propostas que os aliciem.

 

Com o capital de risco a ser visto cada vez mais como uma solução de financiamento para investimento em projetos de expansão ou de negócios em fase nascente (Startups), são cada vez mais as apresentações (Pitchs) que estes investidores têm de analisar. Por essa razão, o mercado de “capital de risco” tem visto os seus níveis de competição a aumentar, sendo que apenas as melhores empresas têm conseguido captar a atenção dos investidores.

Os fatores que contribuem para captar o interesse do investidor

Existem inúmeros fatores-chave que o investidor procura na avaliação de um projeto/startup:

Formulação de um plano de negócios sólido

Identificação clara dos objetivos

Estruturação do funcionamento do mercado

Análise rigorosa da viabilidade financeira

 

São vários os pontos críticos a apresentar no Dossier de Capital de Risco.

 

Por essa razão, na abordagem a um possível investidor, é preciso estar ciente se o projeto possui características aliciantes que vão de encontro às necessidades de mercado. Será por isso crítico a elaboração de um plano de negócios bem sustentado utilizando as melhores práticas para obter o investimento.